SAL-GEMA DE RIO MAIOR

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No caso particular de Rio Maior é a própria natureza que se encarrega do processo de
purificação do nosso salgado. O complexo aquífero que atravessa a formação diapírica do
anticlinal ou Vale Tifónico da Fonte da Bica, dissolve o Sal-gema sendo, esta salmoura,
recolhida no poço das Salinas. Ao chegar aqui apresenta uma salinidade sete vezes
superior à água do mar. Um litro da nossa água contém cerca de 220 gramas de sais
dissolvidos e destes, cerca de 98% são sal (Cloreto de Sódio), enquanto um litro de água
do mar apenas tem cerca de 35 gramas de sais dissolvidos.

Em consequência da tectónica que originou o nosso anticlinal, o complexo salífero
apresenta-se com um aspeto brechóide onde o sal-gema apresenta diversas variações

na sua composição.

Na primeira metade do séc. XX o laboratório químico da, então, Estação Agrária Nacional,
procedeu à análise do nosso sal-gema tendo obtido os seguintes resultados:

Humidade: 0.95% / Cloreto de Sódio: 97.94% / Cloreto de Magnésio: 0.02% / Cloreto de
Potássio: 0.31% / Sulfato de Magnésio: 0.04% / Sulfato de Cálcio: 0.53%
Resíduo insolúvel na água: 0.18%
Substâncias não determinadas: 0.40%

Georges Zbyszewski nas duas sondagens estudadas obteve os seguintes resultados:

Sondagem nº 1
Cloreto de Sódio: 12.72% a 89.16%
Cloreto de Potássio: 0.13% a 0.47%
Cloreto de Cálcio: 0.06% a 1.36%
Sulfato de Cálcio: 0.48% a 2.01%
Resíduos insolúveis: 9.58% a 78.51%

Sondagem nº 2
Cloreto de Sódio: 56.66% a 87.11%
Cloreto de Potássio: 0.15% a 0.31%
Cloreto de Cálcio: 0.19% a 0.81%
Sulfato de Cálcio: 0.24% a 0.74%
Resíduos insolúveis: 0.24% a 0.74%